Brasas!
Esquecidas e adormecidas vivem
Cercadas por medos e decepções
Em meio às cinzas sobrevivem
Deitadas sobre as desilusões!
Cansado de sofrer repousa meu amor
Flertando com a esperança
Alerta, evita o dissabor
Desolado, envolto na lembrança!
Brasas mantêm-se acesas, à espreita
À espera de algo que lhe aqueça
Uma luz numa fresta estreita
Para que a dor esqueça!
Guardo-as cuidadosamente
Pois, quem sabe o vento mude a direção
Soprando um amor novamente
Retirando as cinzas que cobrem meu coração!
Quem sabe venha sussurrar
Um lindo sonho! Sem marcas de realidade
E neste sonho possa encontrar
Um alguém que possa ter de verdade!
Gérson Prado